I Conferência Municipal de Mudanças Climáticas mobiliza grande público em Belém

• Atualizado há 5 meses ago

Com a representatividade de vários segmentos sociais, entre comunidades tradicionais indígenas, negros, quilombolas, mulheres, LGBTQIA+  e outros, a I Conferência Municipal de Mudanças Climáticas foi realizada no Centro Cultural e Esportivo Cabano Altino Pimenta, no bairro do Reduto, neste sábado,29. 

O foco de discussão do evento é a criação do Plano Municipal de Ação Climática, uma sistematização das mais de 190 páginas originadas nas discussões realizadas durante as plenárias promovidas pelo Fórum Municipal de Mudanças Climáticas nos últimos meses. 

A I Conferência Municipal de Mudanças Climáticas de Belém é uma realização da Prefeitura de Belém, com a Universidade Livre da Amazônia (Ulam) e o Fórum Municipal sobre Mudanças Climáticas (FMMC). 

Este é o momento principal de um processo de construção coletiva de diretrizes para a elaboração do Plano Municipal de Ação Climática, cujo objetivo é apresentar à sociedade as ações para a gestão do planejamento do futuro da cidade, com políticas públicas para o enfrentamento das mudanças climáticas, com justiça social e sustentabilidade, como explica a secretária executiva do Fórum, Marinor Brito. 

“A dinâmica da Conferência é trazer uma síntese do que foi discutido nos distritos e nas plenárias específicas para que todos conheçam como a cidade, aqueles que mais sofrerão as consequências das mudanças, está pensando a mitigação dos problemas relacionados às mudanças climáticas”, disse a secretária.

Para a liderança indígena, Kauacy Wajãpi, uma das integrantes do Fórum de Mudanças Climáticas, a realidade de Belém com a construção de um documento a muitas mãos é extremamente importante. “É a primeira vez que a gente vê integrantes dos nossos povos tendo poder e voz. A diferença entre esse movimento feito pela Prefeitura de Belém, através do fórum que busca todos para dialogar sobre como mitigar eventos que vão atingir a todos é muito importante. Finalmente a gente não está só como representante, ou como entretenimento. Finalmente nossa voz na construção do documento está sendo ouvida”, declarou a liderança.

Um dos integrantes da parte científica do Fórum, a Universidade da Amazônia, através de sua representante, a reitora Betânia Fidalgo, aponta que o papel das instituições de ensino é fazer com que o conhecimento possa voltar para a sociedade.

“A Unama está muito feliz de poder participar da Conferência e da discussão da COP-30, que para nós vai além das reuniões com o tema do clima, mas principalmente por atuar no desenvolvimento global e da Amazônia. A gente agradece à Prefeitura de Belém, pela Unama ter um assento no Fórum, mas também colocando a universidade à disposição da prefeitura, para preparar a cidade nas diversas formações a todos aqueles que serão afetados pelo grande evento”, relata a reitora.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, destaca que esse modelo reúne as ideias de mais de três mil pessoas por toda a cidade. 

“O que foi apresentado consolida as bases para o Plano Climático Popular, o primeiro plano climático popular do Brasil. Ele é popular porque é a expressão de um esforço concreto para garantir o verdadeiro desenvolvimento sustentável para Belém, e ele é fruto da ciência mais o conhecimento popular. Mais de três mil cidadãos de Belém colaboraram para elaborar e agora juntar e sintetizar, e daqui a pouco serão apresentadas todas as principais ações da prefeitura, e todas as principais ideias serão apresentadas para que saia daqui um importante instrumento, que não só vai preparar Belém para a COP-30, mas que vai deixar um legado para além do evento”, enfatiza o prefeito de Belém. 


Texto:

Márcia Lima

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